Primeira corrida noturna…

Comecei a me exercitar andando 04km em uma hora de esteira e terminava morta, cansada e no dia seguinte, lá estava eu de novo… Fui aumentando a velocidade, sempre mantendo como meta o meu limite. Tênue limite entre forçar demais e ficar acomodada naquilo que não te exige tanto. Fui persistindo, dando passos mais rápidos e comecei dar as primeiras corridinhas, singelas, descordenadas, esquisitas e rápidas (ahhh, claro que não tinha pique para segurar o ritmo por mais de 1 minuto no começo). Então a velocidade foi aumentando, a respiração melhorando, meu coração assimilando (no começo, parecia que ia sair pela boca, criar pés e correr para muito longe de mim) e os pés entrando num acordo com o cérebro (para alegria dos meus dentes, entenderam que era um esquerdo, o outro direito e entraram num ritmo que não levava minha cara para próximo do chão).

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Antes da corrida…

Daí que em abril, me inscrevi para correr 05 km no Energizer Night Race. A prova seria somente no dia 25 de maio e durante esse período, fui treinando para melhorar meu tempo e claro, minha resistência. Até então, eu estava acostumada com uma caminhada rápida e daí para correr, descobri que tinha uma grande diferença (pulmonar, física e mental).

Na semana do evento, deu uma boa esfriada em São Paulo e umas duas semanas antes, eu tinha tido uma forte crise de rinite e inflamação nas vias aéreas superiores. Sendo assim, apesar dos treinos diários e da inscrição, deixei para decidir se iria correr ou não somente no dia (olha eu me preparando para a desculpinha esfarrapada).

Dia 25 chegou, fomos buscar o kit com a camiseta, o chip e o número logo pela manhã. Estava um sábado com céu azul, bem lindinho e era o primeiro dia, dos últimos 07, que o sol dava as caras. Mesmo assim, ainda não era certeza que eu iria participar, a prova era na USP, às 20h00 e eu tinha decidido que a temperatura mínima que eu encararia seria de 15 graus… Nada menos que isso, fato!

Deu 18h00, fui na sacada… Friozinho suportável. Olhei a temperatura e marcava 17 graus. Criei coragem, me troquei, arrumei uma malinha com roupas para trocar após a corrida e lá fomos nós.

Chegamos e a USP estava lotada, sem vaga para estacionar e maridão me deixou na entrada e foi achar um lugar para deixar o carro. Ahhh… Fiquei tão feliz quando ele me encontrou (literalmente) no meio da multidão. Foi essencial aqueles abraços, beijos e palavras de incentivo. Ahhh… Eu estava sem celular (péssima idéia), pois não tinha comprado uma braçadeira (erro que já foi devidamente corrigido por marido lindo que me deu uma) e seria impossível correr com um galaxy S3 gigante nas mãos.

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Depois da corrida, com minha medalha e já super agasalhada e descabelada. Hahaha!

A corrida foi muito mais tranquila do que eu imagina e fiz os 05km em 40 minutos. Esse tempo para mim foi fantástico, já que na esteira minha média estava em 7km por hora e eu imaginava fazer o percurso em 45 minutos e não em 40. Descobri que teria dado tranquilamente para correr os 10km, mas prefiro ir por etapas, um passo de cada vez.

Cruzar a linha de chegada foi emocionante demais!! Chorei de alegria, de orgulho de mim! Estava ali para me superar e me superei!!! Nunca tinha corrido e só de lembrar que há dois anos atrás, me cansava de subir uma escada. Siiiiiim! Eu me superei! Venci minha preguiça, os dias frios, o sofá, o peso… Ali eu tive a certeza de que persistir vale a pena, percebi que não foi tão difícil quanto eu imaginava e muito menos, tão fácil quanto os outros achavam (na teoria tudo fica lindo, principalmente para a vida alheia).

Depois da corrida, ganhei um abraço mega apertado, com direito a carinha de orgulho e encanto do maridinho todo feliz por eu ter completado a prova (tem sensação melhor de ver quem a gente ama todo orgulhoso do nosso ser??? Uohhhhh… Ameeei). E como se não bastasse, ainda ganhei mais algumas coisinhas, como por exemplo: 1.) mais confiança (se é que isso é possível); 2.) mais vontade de continuar a correr (de me mexer,  de exercitar, respirar, viver); 3.) vergonha na cara para dar um basta e parar de criar desculpas e dificuldades para começar, arriscar, tentar e me permitir ser feliz; 4.) uma banana e uma maça (que eu não quis); 5.) um copo enorme de Gatorade gelado que desceu perfeito (estava com tanta sede que nem lembro o sabor); 6.) claaaaaro, uma medalha liiiiinda e um certificado para chamar de meu.

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Adorei a experiência! Agora é pensar na próxima e treinar muito e conseguir um tempo melhor. Acho que vou encarar uma corrida diurna e tentar vencer o horário. Afinal, correr as 7h30 da manhã não é muito a minha cara… Hahahahaha!

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