O corte de cabelo…

Sempre tive os cabelos médios ou longos, cacheados nas pontas e nos últimos anos, a maior loucura que havia feito, foram luzes bem delicadas e naturais. Na verdade, eu passava a maior parte do tempo com rabo de cavalo e de vez em quando, muito raramento, fazia uma escova e os deixava soltos por um curto período.

Então um dia eu surtei… Acho que fez parte da minha mudança dos últimos meses. Aquele corte (na verdade, ausencia total de corte) estava me irritando e mesmo tendo emagrecido, mesmo ficando bem em roupas que eu não me imaginava mais entrar, mesmo me arrumando e até arriscando algumas makes, nada que fazia no cabelo me agradava e por mais arrumada, ele pesava no resultado final.

Um certo dia eu resolvi cortar, mas não queria tirar dois dedinhos ou trocar o corte reto por um repicadinho nas pontas. Acho que coloquei para fora todos os anos de cortes e mudanças reprimidos e resolvi fazer tudo numa vez só, radicalizar e na pior das hipoteses, apostei na teoria de que cabelo cresce e se não ficasse bom, era só esperar crescer (e ficar escondida em casa até isso acontecer).

Em uma manhã de maio deste ano, criei coragem e me joguei na loucura. Fui ao salão, sentei na cadeira e pedi um chanel curto com franja. O cabeleireiro entrou em choque, me perguntou tipo umas 20 vezes se eu realmente tinha certeza que queria cortar mais de 30 centimetros de cabelo e ainda fazer uma franja (ok, pela cara dele, mais um pouco ele me perguntava se eu não queria esperar o efeito da droga passar e voltar no dia seguinte). Depois de vários “pode cortar” (e de quase eu ter que assinar um contrato de que realmente estava pedindo aquilo) ele fez um rabo de cavalo e passou a tesoura. Uau, não tinha mais volta. Lá estava eu de cabelos curtos e então mais um rabo de cavalo, outra passada de tesoura e agora eu tinha franja.

Como mudança pouca é bocagem, uma semana depois voltei a mesma cadeira com a certeza que cachos, volume e corte curto não era algo que eu queria para chamar de meu e já que estava em momento mudança, lá fui eu arriscar a progressiva e se ficasse ruim, tinha várias opções como cortar careca, usar peruca, lenço, burca (ou me trancava em casa e esperava crescer).

No final amei o resultado, curti demais o novo corte e nesta última quinta lá fui eu de novo, mas dessa vez, pedi para tirar só 3 dedinhos e manter o corte (para alegria do Thiago que deve ter entrado em pânico qdo falei que ia cortar o cabelo).

Agora estou pensando em uma nova cor (para desespero do meu marido, que amava meus cachos, meus longos fios e adora a cor do meu cabelo), mas nada muito radical, só algo que ilumine e que combine mais com esse novo eu.

E aí? Gostaram?