50 tons de cinza me caaaaaaansa… Amo cores!

Há algum tempo atrás, de tanto ouvir falar sobre o tal livro “50 tons de cinza”, eu me rendi ao blábláblá e tentei lê-lo. Pelos comentários que eu ouvia, já achava que não ia gostar muito do conteúdo, mas eu queria saber o porquê de tanto burbirinho em cima de um livro e sentei para ler.

As primerias 30 páginas foram entediantes demais, resolvi pular algumas (tipos umas 100) e lá fui eu, de novo, para mais um trecho chato e resolvi dar uma folheada alternada até o ponto de desencanar completamente.

Então hoje me deparei com “esse texto” num blog (obrigada Fê por postar no face) e pela primeira vez, me identifico com algo que escreveram sobre esse livro. O autor dá uma breve argumentada porque as mulheres se apaixonaram pelo livro, claro que com a visão masculina do assunto. Diferente de mim, ele teve o trabalho (sim, para mim seria mega trabalhoso ler um livro inteiro dessa triologia e ele leu os três) de “estudar” toda a “obra”. E achei muito interessante seus argumentos.

Quando eu era criança, tinha uma frase onde minha mãe trabalhava que dizia: “Não se nasce Mulher, torna-se” e eu achava engraçado e lembro de não entender muito bem aquilo. Hoje, aos 34 anos, entendo completamente.

Ser Mulher vai além de menstruar, perder a virgindade e até mesmo se bancar sozinha. Ser Mulher depende da atitude que se tem, do respeito que se dá, do amor próprio, da auto estima e de tantas coisas que vão muito além de peitos e bundas.

As mulheres querem encontrar Homens quando elas ainda nem se encontraram e homens se queixam de não conhecerem Mulheres, quando eles ainda são meninos. Aqui não falo da idade (por isso uso mulher e homem com M e H maiúsculo ou minúsculo), mas do comportamento, do modo de vida. E ambos ficam saltitando em relacionamentos fracassados e criando expectativas para o próximo. Numa busca sem fim de algo que eles parecem nem saber o que é, provavelmente tirado de alguma cena de comédia romantica ou quem sabe, desse livro. Hahaha!

Lembro de uma vez, conversando com uma amiga, de comentar sobre a imagem que se passa (sim, por mais que doa ouvir, em alguns casos, não basta ser, tem que parecer). Ela falando sobre os relacionamentos furados e eu dei risada e perguntei: Mas que tipo de relacionamento você espera ter? Quando você sai, passa a imagem de independente, auto suficiente, que não precisa de ninguém e está num momento ótimo da sua vida que quer curtir a solterice. O tipo de cara que você vai atrair, é exatamente o que não quer nada e está no mesmo clima que você diz estar. Ela deu risada, falou que era muito feio julgar um esteriótipo e eu dei de leve com a cabeça e falei, pois é, mas acho que se você ver uma mulher semi pelada na Rua Augusta não vai achar que é uma freira… Todos julgam.

O problema não é ser ou parecer uma puta ou uma freira (Peguei os extremos, mas levem em consideração todas as variáveis entre elas). O problema é fingir ser o que não é, é ir contra o que você quer só por acreditar que agindo dessa forma vai atingir sei lá que objetivo. E o pior, se magoar, se ofender e colocar a culpa nos outros quando você só teve exatamente o que você dizia querer. Cada um sabe os seus limites e ir contra eles é o começo do fracasso e a culpa não é de ninguém além de você própria.

Enfim… Quem quer um Homem que elogie, que cuide, que seja másculo ao ponto de chorar em filmes, que te pegue firme, te derreta num beijo ou num simples olhar e que seja mais que uma noite ou alguns dias, tem que se conhecer e começar a não aceitar qualquer moleque que aparece pela frente. Acima de tudo, tem que virar Mulher, porque diferente do livro, me desculpem as Anastasias, mas ninguém tem saco para tanta insegurança constante, fragilidade e quem curte um perfil adolescente, com certeza vai buscar numa menina de 18 (ok, ela tinha 20) e não numa de mais de 30. Na vida real, as pessoas pulam fora e se tem uma coisa que concordo com o começo do livro é que Homens como Christian Grey se casam com Mulheres como Kate, não pela beleza, mas pela força. E de boa, o perfil de mulheres fracas, sem opnião, submissas e compassivas não servem nem mais para as princesas dos filmes da Disney.

Obs… Quanto a palestra que ele fez para os homens, teria sido muito mais fácil e certamente mais gostoso e certeiro, se as mulheres ao invés de organizar um evento desse tipo, tivessem dito para os homens o que elas gostam, querem. Mostrar o caminho das pedras, as trilhas e o benefício de se chegar lá. Mas é mais fácil gastar uma grana, calar a voz e pedir para alguém ensinar como ela gostaria de ser tratada, assim se o ser do outro lado não mudar o comportamento, ela folheia o tons de cinza, continua com a vidinha como é e inventa novas desculpas para não buscar as cores da vida.

Espero que as mulhere conquistem uma vida afetiva bem resolvida ao ponto de um livro erótico/ pornô, se tornar bem sem graça e o senhor tudo de bom da história, não chegar aos pés do que vocês tenham na vida real… Se joguem nas cores e bora ser feliz!

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