Doce Mel… Hahaha!
Minha pequena definitivamente está uma senhora (em pouco mais de um mês ela fará 12 anos). Nos últimos meses seu pêlo deu uma boa esbranquiçada e sua energia uma boa diminuida. Ahhhhh… Como o tempo passa rápido!
Seu temperamento continua o mesmo, talvez um pouco mais acentuado. Uma fofa exigente, uma pedinte sem igual… Está mais manhosa, mais mimada, mais comilona e mandona também. Fato é que aqui em casa, ela tem dois humanos de estimação e a doce ilusão de que temos que estar sempre a disposição para serví-la e fazer suas vontades (ok, não tão doce ilusão).
Desde quando ela ficou paraplégica, nossa vida ficou bem limitada. Se por uma lado ela não podia mais frequentar o day care e muito menos ficar no hotelzinho que tanto gostava, nem curtir seus passeios diários, nem as corridas na grama ou tudo mais que precisava de 4 patas, por outro, na minha vida e na do Wagner também aconteceram mudanças bem significativas, tipo não ter mais onde ou com quem deixá-la e assim, dizer tchau à viagens, passeios mais demorados e um tantico de liberdade num final de semana qualquer, fora os cuidados nada básicos que passamos a ter.
O ano passado, quando tive que ser internada, foi muito complicado ter que achar alguém em cima da hora para ficar com ela e ao sair do hospital, depois de 10 dias, me doeu o coração ter uma vaga idéia da forma que ela foi cuidada ou melhor dizendo, que não foi cuidada. Voltou para casa uma cachorra apática, arredia, fedendo xixi mesmo depois de um banho (imaginem o qto ela deve ter ficado no próprio xixi), com as caminhas e cobertas que me foram devolvidas num estado de ir direto para o lixo, bem mais magra e o pior de tudo, triste, muito triste.
Claro que mudei de veterinária (de novo) e nunca mais fui naquele lugar… Achei muita crueldade com minha pequena.
Odiei o que aconteceu, me odiei por nunca ter pensado que momentos assim poderiam acontecer e desde então, busco um lugar que me dê esse porto seguro, que ela possa ficar, ser bem tratada e seja tranquilo para ela.
Nova veterinária (muito legal mesmo, que a Mel adora e que tem a mesma filosofia que a nossa em relação aos tratamentos com a pequena) nos indicou um outro lugar para ficar com a Melzinha. O pessoal realmente era muito bacana, deixei ela lá um final de semana para ver como seria (com a gente em casa para caso de emergência) e foi tudo lindo. Então fui para o spa e a Mel para o hotelzinho… Tudo foi muito legal, eles nos mantiveram informados, mas quando fui buscá-la, percebi que seus olhos estavam com muito mais remélas que o normal e seu nariz escorrendo.
Volta correndo para chegar na veterinária antes de fechar (já eram 16h00 de um sábado e ainda estavamos em Embú-guaçu) e foi diagnosticado uma forte gripe. Corticóides, pomada para os olhos, colírios e 10 dias de medicamentos a cada 08 horas. Diferente do primeiro lugar onde ela foi mal-tratada, nesse ela foi super bem cuidada, mas pelo tipo de piso e localização, parece que ficou frio demais para a peludinha friorenta e velhinha.
Com isso voltamos a estaca zero. Pelo meu maridinho, estava fora de cogitação pensar em procurar um novo lugar e correr o risco de fazer a pequena passar por maus momentos novamente, mas para mim… Não consegui desencanar e desde então, vinha procurando novas alternativas. Primeiro porque depois do ano passado, caiu a ficha que imprevistos acontecem e de acontecer dela realmente precisar ficar com alguém por uns dias e segundo, porque realmente, depois de 04 anos e meio, sinto falta de poder viajar com maridinho vez ou outra.
Hoje saiu uma matéria no jornal Folha de SP (Babá vira opção para animais de estimação durante o feriado) e achei muito interessante, mas claro, que fiquei com os dois pés atrás, né?
Me cadastrei no site, dei uma olhada nas pet sitters e resolvi arriscar o contato. Tive um retorno rápido e achei bem legal a conversa que tivemos. Ela é estudante de veterinária, mora com os pais num apartamento com tamanho bem parecido com o meu, muito próximo de casa, tem uma cachorrinha pequena com mais de 04 anos e só aceita um peludinho por vez durante a hospedagem. Para melhorar, ela também trabalha como dog walker e já que não rola passear com a Melzinha, combinei com ela de vir aqui em casa uma vez por semana, durante 30 minutinhos, para “brincar”, assim será uma forma mais tranquila para a Mel ir conhecendo e se acostumando com a “babá”.
Vamos ver como que rola esse processo, espero que com calma, paciência e tempo, tudo dê super certo (planejei em 3 etapas). A primeira é dar um tempo para a Mel associar a pet sitter como alguém que brinca com ela e ao mesmo tempo, a Pet sitter também terá tempo para ganhar a confiança da pequena, de aprender como faço os curativos, a troca de fralda, os tipos de brincadeira. Numa segunda fase (se for tudo bem na primeira), idas curtas e semanais da Mel no apartamento da Pet Sitter, assim ela irá se familiarizando com o lugar e associando como um momento de passeio, onde ela vai, brinca e volta para a casa feliz e por último, uma hospedagem de 3 dias, num lugar onde ela já estará familiarizada com as pessoas, com a focinho molhado dona da casa, com as rotinas e que todos já saberão como tratá-la.
Agora é torcer os dedinhos e esperar que tudo saia bem… Semana que vem conto como foi a primeira impressão.
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