A nutricionista…

Já fui em várias nutricionistas do plano de saúde e cada vez que saia de uma consulta, acabava engordando mais. Era uma frustração atrás da outra.

Claro que a culpa não era somente delas, muito pelo contrário, eu assumo minha total responsabilidade, mas o fato é que quando eu buscava uma profissional para me ajudar, era porque eu estava mesmo sem saber o que fazer e esperava naquela consulta, o primeiro passo. Porém, o bom senso devia prevalecer e de boa, se eu conseguisse me empanturrar com folhas de alface e rúcula, cortar farinhas e açucar com facilidade, primeiro não estaria gorda e muito menos, naqueles consultórios.

esforco

Antes era bem assim meeeesmo… hahaha!

O fato é que passei por tantos cardápios e dietas malucas (isso sem contar as doidas radicais que encontrei no meio do caminho e nem tentei fazer o que indicavam), impossíveis de dar continuidade, que quando parava, não só engordava o que tinha emagrecido, como ganhava uns quilos extras e assim foi por muito tempo, ao ponto de eu não mais acreditar em nutricionista.

Então em 2011 comecei a ir na acadêmia aqui do prédio e fiz os treinos com o Rapha, um personal super legal e que me indicou uma nutricionista para me ajudar a comer melhor. Eu resisti um pouco, achava que iria jogar dinheiro fora (ela não é de nenhum convênio), mas depois de um tempo resolvi tentar.

No dia marcado, chega a Andréa aqui em casa (gente, ela é realmente uma fofa). Antes de tirar medidas ou tacar uma “dieta pronta” com o que eu deveria ou não comer, ela ficou uma hora conversando comigo e conhecendo minha rotina, hábitos e meus gostos. Sério, ela quis saber tudo o que eu comia e do que eu gostava, odiava, gostava mais ou menos. Me ouviu demais, me perguntou muito e só então foi me pesar e tals (olha que na época eu pesava 82,5kg), depois me explicou que não adiantaria ser radical em nada, que iria diminuir o que eu comia, trocar algumas coisas do meu cardápio e que não iria me passar nenhuma dieta maluca. Eu não havia engordado em uma semana, então iria emagrecer de forma lenta, saudável, contínua e isso não seria através de dieta e sim de uma reeducação alimentar.

Depois de mais de uma hora e meia de consulta, lá se foi a Andréa e naquela semana, era só para eu tentar cortar as frituras e diminuir as porções de doces. Uau… Começou bem legal e não muito difícil.

Na semana seguinte, ela voltou em casa com um planejamento alimentar feito sob medida para mim. Tinha até as comidinhas mais indicadas dos meus restaurantes favoritos (siiiiim, ela entra nos sites, olha os cardápios, calcula calorias e indica o que posso comer de boa, sem ter que ser só salada). Fala se isso por si só já não é o máximo? Mas não parou por aí, nas 07 refeições só tinham coisas que eu gostava e o que não era muito saudável (tipo batata frita), ela passava um substituto bem gostoso (tipo batatas ao forno). Pediu para eu reduzir um pouco de sal na hora de preparar os alimentos e ainda deixou um lanche da tarde onde eu podia comer uma barrinha de chocolate por dia (hoje como uma pastinha de chocolate 70% cacau por dia e não rola mais comer chocolate ao leite que é doce demais).

Achei o máximo, consegui emagrecer muito e nas consultas dos meses seguintes, ela vinha com novas substituições e reduções, o que acabou se tornando muito fácil para mudar os hábitos e acostumar delicamente meu paladar.

Então eu sei lá porque, parei com as consultas… Tive a pneumonia, voltei a engordar com os remédios, tive que dar uma bela pausa da academia e percebi que estava voltando com antigos hábitos nada saudáveis e quantidades desnecessárias.

Esse mês, voltei a me cuidar com a ajuda da Andréa e de novo, foi a mesma coisa… Muita conversa, carápio cuidadosamente preparado para meu paladar e claro, que em duas semanas já notei a diferença no peso. Para melhorar, maridinho embarcou nessa comigo e agora ele, que não comia peixe, frutas e legumes, está comendo e gostando.

Para mim, o jeito dela funcionou pelo simples fato dela não querer mudar tudo de uma só vez. Seria a mesma coisa que pegar alguém sedentário e fazer o ser correr uma maratona (além de não conseguir, seria desmotivador). Ela teve bom senso de fazer as coisas serem no meu ritmo. Não é só a questão de não passar fome, é de continuar sentindo prazer com as refeições. De mostrar opções que eu não conhecia, de me fazer entender que as vezes eu vou sentir vontade de comer um pastel e tudo bem, desde que seja AS VEZES e UM. Aprendi que o problema não é o que se come, mas sim quando e quanto.

Agora como frutas (pelo menos uma por dia) e legumes (no almoço e jantar) bem mais do que eu comia (muuuito mais do que eu comia) e o próximo desafio será eu conseguir incluir as verduras (uiii… os verdinhos ainda são bem ieca para mim), ainda mais no inverno.

Estou feliz, estou emagrecendo e o melhor de tudo, estou com uma vida muito mais saudável (com menos sal, menos açucar, pouco óleo) e que continua super saborosa.

Mês que vem tem nova consulta… EBA!!!

 

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